segunda-feira, 12 de dezembro de 2022
Natal na ESAN
sexta-feira, 9 de dezembro de 2022
quarta-feira, 7 de dezembro de 2022
Poema do mês de dezembro
Natal
Acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.Era gente a correr pela música acima.
Uma onda uma festa. Palavras a saltar.
Eram carpas ou mãos. Um soluço uma rima.
Guitarras guitarras. Ou talvez mar.
E acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Na tua boca. No teu rosto. No teu corpo acontecia.
No teu ritmo nos teus ritos.
No teu sono nos teus gestos. (Liturgia liturgia).
Nos teus gritos. Nos teus olhos quase aflitos.
E nos silêncios infinitos. Na tua noite e no teu dia.
No teu sol acontecia.
Era um sopro. Era um salmo. (Nostalgia nostalgia).
Todo o tempo num só tempo: andamento
de poesia. Era um susto. Ou sobressalto. E acontecia.
Na cidade lavada pela chuva. Em cada curva
acontecia. E em cada acaso. Como um pouco de água turva
na cidade agitada pelo vento.
Natal Natal (diziam). E acontecia.
Como se fosse na palavra a rosa brava
acontecia. E era Dezembro que floria.
Era um vulcão. E no teu corpo a flor e a lava.
E era na lava a rosa e a palavra.
Todo o tempo num só tempo: nascimento de poesia.
Manuel Alegre, in 'Antologia Poética'
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
"Dos Pequenos para os Grandes, dos Grandes para os Pequenos"
Comemorou-se na ESAN o Dia Mundial da Filosofia com a atividade "Dos Pequenos para os Grandes, dos Grandes para os Pequenos".
Esta atividade foi desenvolvida pela Biblioteca em articulação com o grupo disciplinar de Filosofia.
quinta-feira, 10 de novembro de 2022
Poema do mês de novembro
Para Ti
Foi para tique desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre
Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só
amando de uma só vida
Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"
quarta-feira, 2 de novembro de 2022
Estamos no "Escola a Ler"
- Leitura orientada
- Tempo para ler e pensar!
- Vou levar-te comigo!
- Livr' à mão
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
segunda-feira, 3 de outubro de 2022
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
segunda-feira, 6 de junho de 2022
Poema do mês de junho
Uma Após Uma as Ondas Apressadas
Uma Após Uma
Uma após uma as ondas apressadas
Enrolam o seu verde movimento
E chiam a alva 'spuma
No moreno das praias.
Uma após uma as nuvens vagarosas
Rasgam o seu redondo movimento
E o sol aquece o 'spaço
Do ar entre as nuvens 'scassas.
Indiferente a mim e eu a ela,
A natureza deste dia calmo
Furta pouco ao meu senso
De se esvair o tempo.
Só uma vaga pena inconsequente
Pára um momento à porta da minha alma
E após fitar-me um pouco
Passa, a sorrir de nada.
Ricardo Reis, in "Odes"
segunda-feira, 30 de maio de 2022
Histórias na Biblioteca da ESAN no Dia do Agrupamento
sexta-feira, 27 de maio de 2022
Jogos matemáticos - o 10º AE nas Antas
Os alunos do Curso Profissional de Técnico de Ação Educativa levaram os jogos matemáticos que construíram à Escola Básica das Antas. Foram momentos de interessante interação com os alunos do 1º ciclo (1ºA, 1ºB, 3ºC) e do ensino pré-escolar.
sexta-feira, 13 de maio de 2022
Há tablets na Biblioteca!
A biblioteca da ESAN passou a disponibilizar 30 tablets com acesso à internet.
A turma do 11ºLH já cá esteve, com a Professora Anabela Carvalho, a tirar proveito da nova aquisição.
Jogos matemáticos - o 10º AE em Montebello
quinta-feira, 12 de maio de 2022
Concurso Nacional de Leitura
Cerimónia de entrega de prémios do 15º Concurso Nacional de Leitura
– 2ª Fase Municipal,
quarta-feira, 11 de maio de 2022
terça-feira, 10 de maio de 2022
Poema do mês na ESAN
"Poema à mãe"
No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!
Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos!
Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais!
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura!
Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos...
Mas tu esqueceste muita coisa!
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me? -,
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;
ainda oiço a tua voz:
"Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal..."
Mas - tu sabes! - a noite é enorme
e todo o meu corpo cresceu...
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas...
Boa noite. Eu vou com as aves!
Eugénio de Andrade, in Antologia Breve
segunda-feira, 25 de abril de 2022
Poema do mês de abril
TROVA DO MÊS DE ABRIL
Foram dias foram anos a esperar por um só dia.
Alegrias. Desenganos. Foi o tempo que doía
Com seus riscos e seus danos. Foi a noite e foi o dia
Na esperança de um só dia.
Foram batalhas perdidas. Foram derrotas vitórias.
Foi a vida (foram vidas). Foi a História (foram histórias)
Mil encontros despedidas. Foram vidas (foi a vida)
Por um só dia vivida.
Foi o tempo que passava como nunca se passasse.
E uma flauta que cantava como se a noite rasgasse
Toda a vida e uma palavra: liberdade que vivia
Na esperança de um só dia.
Musa minha vem dizer o que nunca então disse
Esse morrer de viver por um dia em que se visse
um só dia e então morrer. Musa minha que tecias
um só dia dos teus dias.
Vem dizer o puro exemplo dos que nunca se cansaram
musa minha onde contemplo os dias que se passaram
sem nunca passar o tempo. Nesse tempo em que daria
a vida por um só dia.
Já muitas águas correram já muitos rios secaram
batalhas que se perderam batalhas que se ganharam.
Só os dias morreram em que era tão curta a vida
Por um só dia vivida.
E as quatros estações rolaram com seus ritmos e seus ritos.
Ventos do Norte levaram festas jogos brincos ditos.
E as chamas não se apagaram. Que na ideia a lenha ardia
Toda a vida por um dia.
Fogos-fátuos cinza fria. Musa minha que cantavas
A canção que se vestia com bandeiras nas palavras:
Armas que o tempo tecia. Minha vida toda a vida
Por um só dia vivida.
Manuel Alegre, "Trova do Mês de Abril" in Atlântico
segunda-feira, 21 de março de 2022
Semana da Leitura e Dia Mundial da Poesia na ESAN
Atividade “Poesia dita e ouvida”.
A Professora Licínia Balkestahl leu à turma 10LH1 o poema “Urgentemente” de Eugénio de Andrade.
Semana da Leitura e Dia Mundial da Poesia na ESAN
Os alunos, Sofia da Argentina e Juan da Colômbia do 9ºBs leram o poema "Êxodos", de Mercedes Roffé.
A
aluna Noor do 10LH1, nascida no Iraque, leu em árabe e os alunos, Cauã
do 10AE e Henry do 8As, nascidos no Brasil, leram em português o poema
"Dormindo em Gaza" de Najwan Darwish.
A aluna Leonor Mota do 9ºAs, leu em francês "Je suis poli".
terça-feira, 15 de março de 2022
segunda-feira, 14 de março de 2022
Comemoração do Dia Internacional da Matemática na ESAN
Esta atividade foi desenvolvida pelo grupo disciplinar de matemática em articulação com a biblioteca.
sexta-feira, 11 de março de 2022
Semana da Leitura - EB1 das Antas
Semana da Leitura, atividade “Lengalengas e trava-línguas”.
Os alunos da EB1 das Antas passaram momentos divertidos com os desafios propostos.