sexta-feira, 17 de abril de 2020

O dia em que o escritor Luís Sepúlveda não precisou sair de casa para dar a volta ao mundo.












Luis Sepúlveda foi internado em Gijón, nas Astúrias, no final de fevereiro, depois de ter sido diagnosticado com Covid-19, dias após ter estado em Portugal, para participar no festival literário Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim. Todos os participantes no festival acabaram por ficar em quarentena, que terminou sem que ninguém manifestasse sintomas da doença.
Nascido em 1949, numa pequena vila chamada Ovalle, no Chile, Sepúlveda foi, e em primeiro lugar, fruto de uma época que só poderia convertê-lo num contador de histórias
Morreu, a 16 de abril de 2020, aos 70 anos, Luis Sepúlveda, vítima de infeção pelo novo coronavírus.
 Deixa uma vasta obra literária, um autêntico “exercício de memória”, onde a fábula, melhor género para conhecer o ser humano “à distância”, como dizia, se convertia num pretexto para se debruçar sobre as personagens que foi conhecendo ao longo da vida. Porque a escrita não fazia parte de uma terapia para curar feridas do passado. A escrita era sempre parte do presente do autor.

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