Luis
Sepúlveda foi internado em Gijón, nas Astúrias, no final de fevereiro,
depois de ter sido diagnosticado com Covid-19, dias após ter estado em
Portugal, para participar no festival literário Correntes d’Escritas, na Póvoa
de Varzim. Todos os participantes no festival acabaram por ficar em quarentena,
que terminou sem que ninguém manifestasse sintomas da doença.
Nascido em
1949, numa pequena vila chamada Ovalle, no Chile, Sepúlveda foi, e em primeiro
lugar, fruto de uma época que só poderia convertê-lo num contador de histórias
Morreu, a 16 de abril de 2020, aos 70 anos, Luis Sepúlveda, vítima de infeção pelo novo
coronavírus.
Deixa uma vasta obra literária, um autêntico
“exercício de memória”, onde a fábula, melhor género para conhecer o ser humano
“à distância”, como dizia, se convertia num pretexto para se debruçar
sobre as personagens que foi conhecendo ao longo da vida. Porque a escrita não
fazia parte de uma terapia para curar feridas do passado. A escrita era sempre
parte do presente do autor.
Sem comentários:
Enviar um comentário