Era domingo, tudo parecia um dia normal. Até ao momento em que o meu pai vem ao meu quarto e diz para me despachar, pois iríamos à sua terra natal – Chaves.
Assim foi. Pelo caminho pensava eu: “Outra vez o mesmo, frio, velhos e montes…”.
Pelo caminho para à aldeia o meu pai parou o carro, olhei em volta, havia um descampado, com dois carvalhos.Aparentemente estavam dispostos por idades, um era muito alto e velho, outro mais jovem.
Não sabia porquê, mas aquele local não me parecia estranho, era como se já lá tivesse estado. Foi então que o meu pai começou a explicar, um pouco emocionado: “Sabes meu filho, isto pertence-me, é tão meu como foi do meu pai. E a partir de hoje, é tão meu como teu. O mais velho foi o teu avô que plantou na companhia do teu visavô, o do meio planteio eu com o teu avô. A este local chamamos-lhe de “Campo da Memória”, poes lembramos a nossa família… “. Foi então que o meu pai abraça-me e diz, com a cara repleta de lagrimas, mas com um sorriso profundo: “E hoje, estamos aqui para fazeres o mesmo e passar a mais uma geração esta tradição, para que todos da família fiquem aqui recordados.”.
Anos passaram, agora ali estava eu a lembrar-me de toda esta história com uma lagrima no olho. Tinha 30anos, estava abraçado ao meu filho, a contar-lhe tudo isto…. Pronto para plantar mais uma recordação.
Jorge Miguel da Silva Santos 12ºLH1
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