Aqui está a história produzida
(as palavras a itálico foram as sublinhadas nos textos originais):
"Era uma vez, no ano de 1832, um homem chamado Zacarias, muito baixo, com óculos e grandes músculos. Zacarias caçava entre o arvoredo com túnica roxa e uma visão celeste.
Um dia, a nossa personagem alvejou em erro um russo com um cinto de coiro preto e umas mãos longas. O homem, em sofrimento, não parava de gritar, logo, com um lenço da mais escrupulosa brancura, Zacarias tapou-lhe a boca até que este morresse em silêncio. No fundo da floresta, escondido, estava outro russo que viu tudo, passou e desapareceu. Este outro indivíduo foi confessar publicamente o que tinha visto. Em resultado, Zacarias teve de ir a tribunal, onde o juiz afirmou que este era um dos seus casos mais difíceis.
- A
minha história é esta: eu matei um russo, mas não sou um vilão – disse
Zacarias
-
Porquê? – questionou o juiz.
-
Porque estes russos são KGB e preparavam um ataque a Portugal, não é assim?
– disse Zacarias com convicção.
- Ora
muito bem, de facto eles poderiam ter sido um perigo para Portugal e para o mundo.
Peço votação para o culpado – disse o juiz.
Assim,
Zacarias ganhou o caso e ilibou-se da prisão.
Se/ os
anjos/ fossem melhores, não se perdia nada/ com paixões e asneiras.
Ao
longo da vida, o tempo foi passando e as lágrimas que
deitava por matar a minha irmã não paravam de escorrer pela minha
cara.
- Oh Deus!
– disse Zacarias friamente, enquanto arquejava após ter-se esfaqueado,
de modo expressivo.
Horácio,
irmão mais velho de Zacarias, estava muito melancólico pela perda do mancebo.
Por causa das pandectas estabelecidas anteriormente, entraram em
desacordo. Uma delas dizia: “Não se enfadem com o falecimento de
parentes queridos.”
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