terça-feira, 1 de julho de 2025
Diagnóstico da fluência leitora no 2.º ano de escolaridade
segunda-feira, 9 de junho de 2025
“Camões, Engenho e Arte”
Chegou ao fim a atividade “Camões, Engenho e Arte” (2025) – um programa de comemorações dos 500 anos do Nascimento de Camões, realizado a partir da Biblioteca Escolar da ESAN. Ao longo do ano letivo, enchemos as quartas-feiras de poesia, ritmo e partilhas inesperadas.
Ao longo do ano, foram ditos, pelo professor António Domingos, catorze
poemas de Luís de Camões:
·
“Mudam-se
os tempos, mudam-se as vontades”
·
“Erros
meus, má fortuna, amor ardente”
·
“Verdes
são os campos“
·
“Endechas
a Bárbara escrava“
·
“Amor é fogo que arde sem se ver“
·
“Descalça
vai para a fonte“
·
“Busque
Amor novas artes, novo engenho“
·
“De
que me serve fugir“
·
“Tanto
de meu estado me acho incerto“
·
“Coitado!
que em um tempo choro e rio“
·
“Julga-me
a gente toda por perdido“
·
“No
mundo quis o Tempo que se achasse“
·
“O tempo acaba o ano, o mês e a hora“
segunda-feira, 2 de junho de 2025
segunda-feira, 12 de maio de 2025
"Histórias recontadas" na ESAN, no Dia do Agrupamento
No dia 8 de maio, a Biblioteca Escolar
da Escola Secundária promoveu a atividade "Histórias Recontadas", um
momento de criatividade literária que reuniu alunos do 9.º ano da Escola da
Areosa, da Escola Nicolau Nasoni e também estudantes da ESAN.
A proposta era simples, mas desafiadora:
recontar histórias a partir de clássicos da literatura portuguesa. Utilizando
folhas danificadas dos romances “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco, e
“Viagens na Minha Terra”, de Almeida Garrett, os alunos foram convidados a
criar novas narrativas com base em palavras previamente sublinhadas.
Cada grupo recebia uma folha com algumas
palavras destacadas pela professora bibliotecária. Com esse ponto de partida,
os alunos deixavam a sua imaginação fluir, dando vida a uma nova história. No
final da sua participação, sublinhavam novas palavras numa outra página,
desafiando assim o grupo seguinte a continuar a narrativa a partir dessas
pistas.
O resultado foi uma construção colaborativa e
criativa de uma história que se pode considerar surreal. Além de um exercício
de escrita, “Histórias Recontadas” foi um convite à reinvenção dos clássicos,
mostrando que, mesmo nas páginas gastas de um livro antigo, pode nascer algo
surpreendentemente novo.
domingo, 11 de maio de 2025
História criada pelos alunos no Dia do Agrupamento
Aqui está a história produzida
(as palavras a itálico foram as sublinhadas nos textos originais):
"Era uma vez, no ano de 1832, um homem chamado Zacarias, muito baixo, com óculos e grandes músculos. Zacarias caçava entre o arvoredo com túnica roxa e uma visão celeste.
Um dia, a nossa personagem alvejou em erro um russo com um cinto de coiro preto e umas mãos longas. O homem, em sofrimento, não parava de gritar, logo, com um lenço da mais escrupulosa brancura, Zacarias tapou-lhe a boca até que este morresse em silêncio. No fundo da floresta, escondido, estava outro russo que viu tudo, passou e desapareceu. Este outro indivíduo foi confessar publicamente o que tinha visto. Em resultado, Zacarias teve de ir a tribunal, onde o juiz afirmou que este era um dos seus casos mais difíceis.
- A
minha história é esta: eu matei um russo, mas não sou um vilão – disse
Zacarias
-
Porquê? – questionou o juiz.
-
Porque estes russos são KGB e preparavam um ataque a Portugal, não é assim?
– disse Zacarias com convicção.
- Ora
muito bem, de facto eles poderiam ter sido um perigo para Portugal e para o mundo.
Peço votação para o culpado – disse o juiz.
Assim,
Zacarias ganhou o caso e ilibou-se da prisão.
Se/ os
anjos/ fossem melhores, não se perdia nada/ com paixões e asneiras.
Ao
longo da vida, o tempo foi passando e as lágrimas que
deitava por matar a minha irmã não paravam de escorrer pela minha
cara.
- Oh Deus!
– disse Zacarias friamente, enquanto arquejava após ter-se esfaqueado,
de modo expressivo.
Horácio,
irmão mais velho de Zacarias, estava muito melancólico pela perda do mancebo.
Por causa das pandectas estabelecidas anteriormente, entraram em
desacordo. Uma delas dizia: “Não se enfadem com o falecimento de
parentes queridos.”
sexta-feira, 2 de maio de 2025
sábado, 26 de abril de 2025
terça-feira, 22 de abril de 2025
Poema do mês de abril/maio
São
Leonardo da Galafura
À proa dum
navio de penedos,
A navegar
num doce mar de mosto,
Capitão no
seu posto
De comando,
S. Leonardo
vai sulcando
As ondas
Da
eternidade,
Sem pressa
de chegar ao seu destino.
Ancorado e
feliz no cais humano,
É num
antecipado desengano
Que ruma em
direcção ao cais divino.
Lá não terá
socalcos
Nem vinhedos
Na menina
dos olhos deslumbrados;
Doiros
desaguados
Serão
charcos de luz
Envelhecida;
Rasos, todos
os montes
Deixarão
prolongar os horizontes
Até onde se
extinga a cor da vida.
Por isso, é
devagar que se aproxima
Da
bem-aventurança.
É lentamente
que o rabelo avança
Debaixo dos
seus pés de marinheiro.
E cada hora
a mais que gasta no caminho
É um sorvo a
mais de cheiro
A terra e a
rosmaninho!
Miguel
Torga